Contemplar as manadas de gazelas e aves migratórias, acampar na grandiosidade de Wadi Rum ou da Reserva Dana, percorrer os antigos percursos das caravanas desde as terras altas de Moab e Edom, percorrer as colinas arborizadas da Gilead bíblica ou experimentar os banhos de lama únicos e revigorantes do Mar Morto são apenas alguns dos exemplos dos passeios à espera dos visitantes deste reino singular. Da inquietante agrestia primeva de Wadi Rum, ao fervilhante centro urbano de Amã, a Jordânia impõe-se como um destino inigualável que proporciona paisagens misteriosas e arrebatadoras, hospedagem de alta qualidade, uma gastronomia intensa e inúmeras atividades que cativam, motivam e rejuvenescem os seus visitantes.

A Jordânia, oficialmente chamado de  Reino Hachemita da Jordânia, é uma país do oriente médio que faz fronteiras com Israel, Síria, Arábia Saudita, e Iraque. A Jordânia é essencialmente um grande planalto cuja altitude vai decrescendo desde as serras relativamente baixas da zona ocidental (altitude máxima de 1754 m no monte Ramm, a sudoeste) até ás fronteiras orientais. A parte ocidental é a mais acidentada, não só devido às cadeias montanhosas, mas também à descida abrupta até à depressão que liga o Mar Vermelho o rio Jordão. Apesar de ter participado de vários conflitos, incluive com Israel o reino da Jordânia vive hoje em paz e prosperidade. O governo é uma monarquia constitucional, liderado pelo rei Abdullah II. Sobe seu comando o pais tem se aberto cada vez mais para o turismo internacional melhorando sua infraestrutura em estradas, serviços e hotelaria.

A Jordânia é um país moderno com uma cultura antiga e os seus visitantes podem percorrer os vales, as colinas e as planícies cujos nomes se tornaram parte da história do homem em virtude das ações simples e mensagens profundas dos profetas que percorreram esta terra e atravessaram os seus rios na sua época. A Jordânia esta apta para receber visitantes em qualquer época do ano, mas o melhor clima para uma visita é sempre durante o outono e a primavera.

A Jordânia é uma ótima dica de destino para todos aqueles que procuram o conhecimento cultural e o enriquecimento espiritual. A Jordânia dá valor à diversidade étnica e religiosa da sua população, garantindo, consequentemente, os direitos culturais aos seus cidadãos. Este espírito de tolerância e de valorização é um dos elementos centrais que contribuem para o clima cultural estável e pacífico que prospera na Jordânia. Mais de 92% dos jordanianos são muçulmanos sunitas e cerca de 6% são católicos. A maioria dos cristãos pertence à igreja ortodoxa grega, mas também há católicos gregos, uma pequena comunidade católica romana, ortodoxos sírios, ortodoxos cópticos, ortodoxos armênios e algumas confissões protestantes. Na Jordânia podem ainda ser encontradas algumas pequenas populações de xiitas e de drusos.

Seus principais destinos turísticos da Jordânia são:

Amã

Uma cidade que se espraia por 19 colinas ou “jebels” e é uma capital moderna
Conhecida por Rabbath-Ammon durante a Idade do Ferro Amã tem hoje uma população de cerca de 1,5 milhões de habitantes. Frequentemente referenciada como a cidade branca, devido às casas de pedra baixas, oferece uma variedade de locais históricos. O local conhecido por Cidadela tem várias estruturas tais como o Templo de Hércules, o Palácio Omíada e a Igreja Bizantina. Ao fundo da Cidadela fica o Teatro Romano de 6000 lugares. Outro teatro recém restaurado é o Odeon de 500 lugares que é usado para concertos. Os três museus encontrados na área dão uma perspectiva sobre a história e a cultura. São o Museu Arqueológico da Jordânia, Museu de Folclore e o Museu de Tradição Popular.

A Estrada do Rei

A Estrada do Rei serpenteia pelas várias zonas ecológicas do país, incluindo as florestas das terras altas, os planaltos agrícolas, as fundas ravinas, a orla do deserto a leste e o ameno e tropical Golfo de aqaba. A percorrer  esta via de 335 km encontramos uma vasta seleção de locais arqueológicos que se assemelham a um índice de um livro de história e a um dicionário geográfico bíblico: aldeias pré-históricas da Idade da Pedra, cidades bíblicas dos reinos de Ammon, Moabe e Edom, castelos dos Cruzados, alguns dos melhores mosaicos bizantinos do cristianismo primitivo no Médio Oriente, uma fortaleza romana-herodiana, vários templos nabateus, duas grandes fortalezas romanas, cidades do início do Islamismo e a capital nabateia esculpida na rocha Petra. Mencionada pela primeira vez na Bíblia, a Estrada do Rei era o percurso que Moisés queria tomar para levar o seu povo para norte através de Edom que hoje fica no sul da Jordânia. O nome, todavia, poderá derivar do episódio anterior que é contado no Genesis 14 quando uma aliança de “quatro reis do norte” avançou com as suas tropas por esta via em direcção à batalha contra os cinco reis das Cidades da Planície, incluindo as imorais cidades de Sodoma e Gomorra.

Madaba

A viagem para sul segue pela KIng Highway, a  Estrada do Rei, que tem 5000 anos. É uma das viagens mais memoráveis na Terra Santa, passando por vários locais antigos. A primeira cidade a conhecer é Madaba, “a Cidade dos Mosaicos”. Principalmente conhecida pelos seus espetaculares mosaicos bizantinos e omíadas, Madaba é o local onde podemos encontrar o famoso Mapa de Mosaico de Jerusalém e da Terra Santa do século VI. Com dois milhões de peças de cores vivas feitas de pedra local, ilustra as colinas, os vales, as aldeias e as cidades até ao Delta do Nilo. Outras obras de arte de mosaicos encontradas da igreja da Virgem e dos Apóstolos e no Museu Arqueológico descrevem uma extravagante profusão de flores e plantas, aves e peixes, animais e bestas exóticas, bem como cenas da mitologia e cenas de caça, pesca e agricultura do dia-a-dia. Há, na verdade, centenas de outros mosaicos dos séculos V a VII espalhados pelas igrejas e casas de Madaba.

Petra

A antiga cidade de Petra  é um dos tesouros nacionais da Jordânia e de longe a sua atração turística mais conhecida. Situada a cerca de três horas a sul de Amã, Petra é o legado dos nabateus, um engenhoso povo árabe que se fixou na Jordânia do sul há mais de 2000 anos. Admirada pela sua cultura refinada, arquitetura imponente e engenhoso conjunto de represas e canais de água, Petra é patrimônio mundial da UNESCO e encanta visitantes de todo o Mundo. Muito do charme de Petra provém do seu enquadramento fantástico: lá no fundo de um desfiladeiro no deserto. Para chegar ao local, é preciso atravessar um longo desfiladeiro ou “siq” cujas paredes se elevam a 200 metros de altura. O monumento mais famoso de Petra, o Tesouro, surge, de forma dramática, no fim do “siq”. Usado na sequência final do filme “Indiana Jones e a Última Cruzada”, a imponente fachada do Tesouro é apenas um dos muitos prodígios arqueológicos a explorar em Petra. Os vários caminhos e subidas revelam centenas de edifícios, túmulos, banhos públicos, câmaras funerárias, templos, portas com arcos, ruas com colunas e impressionantes inscrições,, bem como um teatro ao ar livre com 3000 lugares, um mosteiro gigante do século I e um museu arqueológico moderno – tudo para explorar com calma. No século XIII, o Sultão Mameluco mandou construir um modesto templo para assinalar a morte de Aarão, irmão de Moisés, lá no alto do monte Aarão na cordilheira de Sharah.

Jerash

Em segundo lugar na lista dos destinos preferidos da Jordânia, temos a antiga cidade de Jerash que tem uma história de presença humana que remonta a mais de 6500 anos. A era dourada da cidade foi durante o domínio romano e o local é hoje reconhecido como uma das cidades romanas de província mais bem conservadas do mundo. Escondida durante séculos na areia, antes de ser escavada e restaurada nos últimos 70 anos, Jersh é um belo exemplo do grandioso urbanismo romano provincial e formal que é encontrado por todo o Médio Oriente com ruas de colunatas e pavimentadas, templos altaneiros no topo das colinas, belos teatros, amplas praças públicas e largos, banhos públicos, fontes e muralhas da cidade nervuradas por torres e portas.

Aqaba

Conhecida pelos recifes de coral e pela vida marítima singular, esta cidade portuária do Mar Vermelho foi, nos tempos antigos, o principal porto das embarcações que iam do Mar Vermelho para o Extremo Oriente. O Forte Mameluco, um dos principais pontos históricos da cidade foi reconstruído  no século XVI. Hoje Aqaba possui vários hotéis e é o melhor destino de praia e mergulho do país.

Castelos do deserto

Os castelos do deserto da Jordânia, belos exemplos da arte e arquitetura islâmica inicial, são a prova de uma era fascinante na rica história do país. Os seus belos mosaicos, frescos, inscrições na pedra e em estuque, e ilustrações inspiradas pelo melhor que a tradição persa e greco-romana tem contam inúmeras histórias da vida tal como era no século VIII. Apelidados de castelos devido à sua imponência, os complexos do deserto tinham, na verdade, várias finalidades, servindo de posto paras as caravanas, centro agrícola e comercial, pavilhão e posto avançado, para auxiliar os governantes distantes a estabelecer laços com os beduínos locais. Muitos destes castelos preservados, agrupados a leste e a sul de Amã, podem ser visitados num dia ou dois a partir da cidade. O principal castelo é Qusair Amra. O forte de basalto negro de Azraq, ininterruptamente usado desde o tempo dos romanos, foi o quartel-geral de Lawrence da Arábia durante a Revolta Árabe.

Betânia do Além Jordão

O local de fixação de João Batista na Betânia além do Jordão, nde Jesus foi  batizado, é muito conhecido da Bíblia (João 1:28 e 10:40) e dos textos bizantinos e medievais. O local foi identificado na margem leste do Rio Jordão, no Reino Hachemita da Jordânia e está a ser sistematicamente analisado, escavado, restaurado e preparado para receber peregrinos e visitantes. A Betânia do Além Jordão fica a meia hora de carro da capital da Jordânia, Amã.

Os locais na zona de Betânia faziam parte da antiga rota de peregrinação cristã entre Jerusalém, o Rio Jordão e o Mnte Nebo. Esta área está associada ao relato bíblico que conta como o profeta Elias (Mar Elias, em árabe) foi arrebatado para os céus num carro de fogo.

Monte Nebo

Do promontório  Moisés viu a Terra Santa de Canaã na qual jamais iria entrar. Morreu e foi enterrado em Moabe, “no vale em frente a Beth-peor”. O local exato do seu túmulo é uma incógnita.

O Monte Nebo tornou-se num local de peregrinação para os cristãos primitivos de Jerusalém e aí foi construída uma pequena igreja no século IV para assinalar a morte de Moisés. A Cruz Serpenteante, que fica fora do santuário, é símbolo da serpente de bronze que Moisés levou para o deserto e da cruz em que Jesus foi crucificado.